O programa Supertônica recebe o cantor Zeca Baleiro que destaca a nostalgia de sua infância no interior do Maranhão e a importância desse momento para sua música.
“A ideia era experimentar. A gente não queria fazer canção emocionada. Depois, naturalmente nos rendemos ao fascínio da canção que toca no rádio.”
O cantor Zeca Baleira detalha sobre como foi a infância no interior profundo do Maranhão. Em Arari, todas as brincadeiras de rua envolviam música. Ele cresceu com as lendas do Rio Mearim (hoje famoso pelo surf na pororoca). O Maranhão tem mais de 60 ritmos.
“A gente ia dormir e ouvia os terreiros do outro lado do rio”, lembra. Esse imaginário é parte integrante de sua obra.
No início, Zeca e seus amigos participavam das festas populares na intenção de entender as linguagens. Bumba-meu-boi e tambor de mina são duas das tradições que vieram a servir como matéria prima para o diálogo com rock, hip-hop.
“Havia uma tentativa de diálogo. A minha música não é regional, quem é regional sou eu. Ela quer dialogar com o mundo.”