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Benjamim Taubkin: instrumental do Brasil, música do mundo

O pianista, compositor e produtor cultural fala sobre seus projetos

"Muito novo, com 13 anos, assisti Woodstock e me identifiquei muito. Fui um pouco pra esse lado, pra cultura hippie."

 

Supertônica desta terça-feira (4),  fala de Benjamim Taubkin, cujo nome e seu piano estão ligados ao universo da música instrumental do Brasil. Também não se pode falar em Benjamim Taubkin sem mencionar o agitador cultural, papel que exerce desde os 17 anos de idade, quando passou a organizar concertos. Benjamim também é sinônimo de produção independente. Desde 1997 está à frente do Núcleo Contemporâneo de Música.

 

Suas origens familiares têm raízes pelo mundo. É filho de uma pianista nascida na Polônia e de um advogado russo apaixonado por literatura. Cresceu num universo sociocultural privilegiado, mas acabou por não se identificar com aquele modo de vida. “Eu achava que aquilo era desinteressante, que a vida que aquilo me prometia não era uma vida pela qual eu tinha interesse. As coisas que passaram a me atrair não eram as coisas que meus pais veriam com o melhor dos olhos”, lembra. “Quando percebi que eu queria realmente tocar piano, pensei: vou ter que sair de casa”. Aos 18 anos, deixou a casa dos pais e foi morar com a irmã, também produtora cultural.

 

"A gente foi morar numa casa que era grande. As pessoas iam pra lá, morar. De repente, tinha 20 pessoas.  Virou uma comunidade. A decoração da sala era um piano, um contrabaixo e uma bateria. Ali acontecia música o dia inteiro.", conta.

 

Num dado momento, resolveu definitivamente ser músico. Aos 18, passou a estudar piano. “Eu estava com muito desejo de tocar. O que acabei fazendo foi sentar em frente ao piano e começar a tocar. Comecei a tirar música e, de repente, tinha uma facilidade praquilo”, diz. Escolheu começar “do começo”, tocando na noite, em casas como A Baiúca e Padock. Hoje, seu curriculum como instrumentista e produtor, conta com mais de 130 discos. E cada vez mais, seu piano tem dialogado com músicos de outras culturas. “A aproximação rola de um jeito super bacana e orgânico”, resume.



Criado em 03/08/2015 - 18:16 e atualizado em 04/08/2015 - 18:29

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