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Depressão infantil pode aparecer durante a pandemia

Saiba como evitar e identificar a doença em crianças no isolamento social

Tarde Nacional

No AR em 27/05/2020 - 17:21

No Tarde Nacional desta quarta-feira (27) os apresentadores conversaram sobre a depressão infantil com o psicoterapeuta, palestrante e filósofo, Carlos Florêncio. Uma doença silenciosa que, em tempos de pandemia e isolamento social, tem adoecido muitas crianças.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão é um dos transtornos mentais que mais adoece a sociedade no mundo inteiro. A doença geralmente é marcada por tristeza profunda, baixa autoestima e perda de interesse nas atividades. Mas em crianças o psicoterapeuta explicou que os sintomas podem apresentar algumas diferenças.

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“Quando a gente fala de depressão, o nome já faz a gente sentir que é algo pesado. Mas a criança pode apresentar sinais que não estamos acostumados, como reclamar de dores que não existem, não conseguem dormir direito, se sentem inferior com as outras pessoas, não conseguem render na escola e podem ter incontinência urinária e fecal”, alertou.

 

As crianças também podem adotar uma postura bipolar, alternando o humor entre o estado de completa euforia ou de tristeza e choro fácil durante a quarentena. Carlos afirmou que essa tendência é devido à falta de interação com a criança.

 

“A depressão pega porque a criança precisa de movimento. Ela está num processo de aventura, descoberta e não tem noção de limite. No momento que ela está confinada, não existe essa troca. A criança gosta de interação. São estímulos necessários para o desenvolvimento dela”, disse.

 

Para driblar o problema, alguns pais decidem adotar bichos de estimação. Mas o psicoterapeuta alertou para o cuidado de não colocar a solução de uma doença apenas no convívio com o animal.

 

“É importante entender que o animal não tem o papel de preencher um vazio, mas pode ser um aliado. O animal pode preencher essas lacunas do tempo e dar à criança o cuidado com o pet. Mas a responsabilidade em demasia numa criança pode gerar pequenos traumas. Os pais precisam observar”, ressaltou.

 

Segundo o psicoterapeuta, outra forma de evitar a depressão infantil é conversar com a criança e perguntar o que ela gosta de fazer.

 

“Os pais devem procurar algo que a criança goste: desenhar, pintar, jogos… Mas tem que perguntar para a criança o que ela quer. Ela tem que sentir que é importante. Muitas vezes o pai escolhe para a criança e ela não gosta. Toda imposição cria padrões que podem comprometer”, concluiu.

 

Criado em 27/05/2020 - 17:40

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