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Volta às aulas: crianças com deficiência podem ser prejudicadas, diz especialista

Conselho Nacional de Educação causou polêmica ao recomendar que alunos com deficiência e autismo não retornem às aulas

Tarde Nacional

No AR em 14/08/2020 - 18:01

Com a flexibilização do isolamento social, estados e municípios planejam a volta dos alunos após quase cinco meses realizando aulas virtuais. Mas o Conselho Nacional de Educação gerou polêmica ao recomendar que os alunos com deficiência não retornem às aulas. 

Segundo Diana Serpe, especialista em Direito da Pessoa com Deficiência, os pais da criança que devem decidir se o aluno volta ou não para a escola.

“As crianças com deficiência têm que ser tratadas com questões de igualdade. É essencial que a escola esteja preparada para receber todas as crianças, com deficiência ou sem deficiência, e vai caber as famílias decidirem se a criança vai participar do plano de retomada ou não”, afirmou.

A especialista também explicou que, dependendo da deficiência, a criança pode participar da rotina escolar sem nenhuma dificuldade. O único alerta é para as crianças com alguma comorbidade. Cabe a escola conversar com a família e analisar o caso de cada aluino.

“Obviamente que crianças que têm comorbidade a família vai proteger e não vai enviar para a escola, mas tem determinadas deficiências que a criança vai poder participar tranquilamente do retorno das aulas. Como as deficiências são diversas e as necessidades de cada criança são diferentes e individuais, a escola tem que conhecer os seus alunos” ressaltou.

O retorno às aulas pode parecer uma tarefa simples, mas na prática até um dispenser de álcool em gel na altura inadequada, por exemplo, pode gerar dificuldade para crianças cadeirantes. É fundamental que as escolas repensem a volta às aulas e recebam todos os alunos com igualdade e respeito.

Criado em 14/08/2020 - 18:05

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