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Bossamoderna aquece para o Carnaval em ritmo de Frevo

O Frevo pede passagem na passarela do Bossamoderna

O passo a passo em direção ao carnaval se acelera no compasso do frevo. De origem pernambucana, apropriado por modernistas de todo o país, ele cruza fronteiras em “Cebola no frevo”, com o paulistano Trio Corrente e o sax/clarinetista cubano radicado nos Estados Unidos, Paquito D’Rivera. O cearense Ednardo cai no passo e põe na rua o seu “Bloco do susto”.

 

Cantora e instrumentista gaúcha, discípula de Hermeto Pascoal, Aline Morena empresta seu vocalise a “Frevando em Manaus”, composição do próprio Hermeto. Tem mais gaúcho no frevo pernambucano: Yamandu Costa e o “Frevo canção”, de sua “Suíte Impressões Brasileiras”.

 

Outro pulo de fronteira: “Duda no frevo”, do pernambucano Senival Bezerra do Nascimento, o Senô, rola no “Violão de aço Brasil”, título do disco de 2014, do argentino radicado aqui, Victor Biglione. E o carioca Cícero, ligado à nova MPB, também adere ao passo, no “Frevo por acaso no. 2”, que abre seu disco “A praia”, de 2015.

 

Na Bahia, o gênero pernambucano seguiu outros caminhos, como o “Frevo capoeira”, de Moraes Moreira, que reverencia os fundadores originais e adiciona novo molho à mistura. Também da Bahia é a Gal Costa, que trieletriza “Deixa sangrar”, de Caetano Veloso, de 1970, com a guitarra contorcionista do mago Lanny Gordin. Uruguaio criado no Rio, Taiguara esbalda-se no “Frevo novo”, em parceria com os irmãos cariocas Marcos e Paulo Sérgio Valle e o baixista pernambucano Novelli.

 

Carioca radicado no Recife, Carlos Sandroni manda seu manifesto, “Marcha sem regresso”. Mineiro de Belo Horizonte, o baterista Pascoal Meirelles também visitou o frevo a sua maneira em “Amendoim torrado”. Pernambucano, inicialmente filiado ao revolucionário movimento mangue bit, através do grupo Mestre Ambrósio, o músico Siba em carreira solo, trocou a rabeca pela guitarra e embarcou na “Canoa furada”. No álbum “De baile solto”, lançado em 2015, Siba voltou a desconstruir o frevo em “A jarra e a aranha”.

 

O paraibano Geraldo Vandré também marcou o frevo em temas como “João e Maria”, em parceria com Hilton Acioly, do Trio Marayá. E este Bossamoderna frevente chega ao fim com a obra prima do fluminense do Carmo, Egberto Gismonti, que ressignifica o gênero: “Frevo”, com a Orquestra de Sopros Pro Arte e participação do autor. 

 

Bossamoderna vai ao ar todo domingo às 22h na MEC FM Rio. Envie seus pedidos de músicas, participação ou informações da programação também pelo Whatsapp (21) 99710-0537.



Criado em 30/01/2016 - 04:30 e atualizado em 02/02/2016 - 12:07

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