O Caderno de Música deste sábado (03) fala sobre um estilo de composição bastante utilizado na música clássica: as “variações”, com destaque para o “baixo ostinato”.
A variação é um princípio tão antigo na humanidade e tão largamente aplicado pelos compositores que seria impensável uma época sem que ela fosse aplicada na música. Os primeiros registros de uso de variação remontam à música vocal dos tempos do compositor Palestrina, ainda no século XVI.
Inicialmente, a variação era aplicada somente à melodia, mas, aos poucos, passou a se estender à harmonia e ao ritmo. Além disso, tal técnica também ganhava terreno na música instrumental, principalmente na composição para virginal ou cravo, que estavam entre os instrumentos mais populares do período renascentista. Desde então, a variação como recurso formal tem sido utilizada largamente por compositores como William Byrd, no renascimento, Haydn e Mozart, no classicismo, Beethoven, Schubert, Schumman e Brahms, no romantismo, e, mais recentemente, Stravinsky e Hindemith, no século 20.
Existem quatro tipos básicos de variação: a passacaglia, a chaconne, o tema com variações e o o baixo ostinato, este último será explicado com mais detalhes no programa.
Caderno de Música vai ao ar aos sábados, às 11h45, na MEC FM.