O Caderno de Música deste domingo (20) fala sobre o Choro, um dos gêneros mais característicos da música brasileira. O programa traz um pouco das suas origens e principais representantes, além da sua relação com a música de concerto.
Surgido no Rio de Janeiro em meados do século XIX, o Choro é considerado o primeiro tipo de música tipicamente urbano do Brasil. Embora a palavra “choro” nos remeta à ideia de tristeza, o gênero é, em sua essência, dinâmico, espirituoso e muitas vezes alegre. A origem do nome é incerta, mas acredita-se que venha da maneira emotiva como os músicos executavam certas modinhas e lundus, em especial com flautas e violões, que davam um caráter melancólico ou sentimental à interpretação.
Um dos primeiros nomes ligados ao Choro é o flautista Joaquim Antônio da Silva Callado. Ele possuía um famoso grupo instrumental, o “Choro Carioca”, composto por dois violões, um cavaquinho e a flauta como instrumento solista. Os instrumentistas de cordas tinham capacidade de improvisar sobre o acompanhamento harmônico e, como uma brincadeira, faziam modulações complicadas com o objetivo de “derrubar” os outros músicos. Desta forma, improvisos sobre a harmonia e o virtuosismo instrumental se tornaram, até os dias de hoje, as características mais presentes no gênero.
Em 2000, o Dia Nacional do Choro foi oficializado no Brasil, comemorado em 23 de abril — data de nascimento de Pixinguinha. E é claro que não poderíamos falar de Choro sem citar este que é considerado um dos maiores nomes da história do gênero. Compositor, flautista, saxofonista e arranjador, Alfredo da Rocha Viana Filho, o Pixinguinha, renovou o gênero ao incorporar elementos do jazz e da música afro-brasileira.
Confira mais no Caderno de Música, que vai ao ar neste domingo, 12h30, na Rádio MEC. A edição teve a apresentação de Sidney Ferreira, com texto e produção de Carina Amorim.
