Mozart escreveu mais de 600 obras em seus 35 anos de vida, e durante quase 30 de atividade criativa, ele se distinguiu pela combinação absoluta da perfeição da forma, riqueza melódica e simplicidade da linguagem musical.
Sua genialidade estava na capacidade de criar uma gama de ideias originais, expressivas, eficazes e efetivas que tocam diretamente o ouvinte.
Como nesta Serenata para sopros em si bemol maior, k. 361, Gran Partita, obra de 1782, escrita sob encomenda para as apresentações informais da corte, e estreada em 23 de março de 1784, em Viena.
Na segunda parte do programa, vamos ouvir a Sinfonia número 35, k. 385, Haffner, de 1783, escrita sob encomenda de seu pai, Leopold Mozart, para um amigo comum, Sigmund Haffner Filho, que seria elevado à condição de Cavaleiro do Reino pelo Imperador José Segundo da Áustria.
A princípio, a obra foi pensada como uma Serenata, mas depois Mozart quis reaproveita-la para uma série de Concertos no Burgtheater, em Viena, e reviu os manuscritos, retirando alguns movimentos.
A Sinfonia Haffner foi escrita como música de divertimento e composta com muita pressa, mas mesmo assim de qualidade ímpar.
O próprio Mozart se surpreendeu ao rever a partitura, pois segundo ele já havia se esquecido das notas usadas na obra.
A estreia se deu sob a regência do compositor em concerto beneficente promovido pelo próprio Mozart, no Burgtheater, em 23 de março de 1783.
O teatro estava lotado e o que mais agradou a Mozart foi a presença do próprio Imperador da Áustria José Segundo, que aplaudiu a obra com entusiasmo.
O Concerto MEC vai ao ar de segunda a sexta-feira, ao meio-dia, na MEC FM.