O Concerto MEC faz uma homenagem a Johann Strauss Filho, conhecido como o Rei da Valsa, e que em 1844, regeu sua orquestra pela primeira vez.
O concerto da estreia em Viena de Strauss Filho como regente incluiu obras do pai, Johann Strauss, e algumas de suas próprias composições.
Strauss Filho assinou um contrato com o dono do Cassino de Viena, o Senhor Dommayer, em 15 de outubro de 1844 e no nesse mesmo dia estreava triunfante como maestro e compositor.
No fim da apresentação, depois de tocar suas próprias peças várias vezes seguidas, Strauss tocou a Valsa do Canto de Lorelei, ou Ecos da Lorelei, um sucesso do pai, que deixou o público entusiasmado.
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Johann Strauss Filho teve que lutar contra vontade do pai de que nenhum filho deveria seguir a carreira de músico.
Com a separação dos pais, e o apoio da mãe, Strauss Filho iniciou os estudos com o professor Joseph Drechsler, Mestre de Capela da Corte.
Com a morte de Johann Strauss em 1849, Strauss Filho passou a dirigir a orquestra do pai, dominando a música dançante em Viena.
Aproveitando o clima de progresso da cidade, Strauss Filho dividiu sua grande orquestra em pequenos conjuntos, que tocavam nas melhores casas de dança de Viena.
Logo estava viajando pela Europa, e com a ajuda dos irmãos, a música monopolizava a atividade da família Strauss.
Em 1860, Strauss Filho entrou em contato com o compositor Franz Liszt, e resolveu ampliar os padrões da valsa, numa forma mais elaborada e complexa.
Esse período iniciado em 1860 foi o começo de um longo prelúdio de harmonias ousadas, e que antecipavam o surgimento do conhecido ritmo “um-dois-três”.
A descoberta dessa fórmula resultou em um período criativo, durante o qual surgiram as melhores “valsas de concerto” de Strauss, como a Valsa do Imperador, obra de 1860.
Em 1867, aos 42 anos de idade, e com 23 de experiência em composição e regência, Johann Strauss Filho recebeu uma encomenda de uma valsa para coro e orquestra, cujo tema era a cidade de Viena.
Ele se inspirou na fórmula iniciada em outras valsas, em que uma lenta introdução, que ainda não é valsa, vai aos poucos eletrizando os dançarinos, até o tão esperado ritmo “um-dois-três”.
Assim nasceu a ideia da valsa No Belo Danúbio Azul, que depois de ser apresentada na França e na Inglaterra, tornou o nome de Strauss conhecido por toda parte.