Com influência da música caribenha e de ritmos brasileiros como o choro e o carimbó, a Amazônia gestou um tesouro único: a guitarrada, também conhecida como "lambada para a guitarra elétrica".
Fincou raízes no Pará, com os mestres Vieira - criador do gênero nos anos 70 -, Aldo Sena, Solano e Curica. Nos anos 90, o guitarrista Pio Lobato foi responsável por redescobrir e divulgar as origens e, em 2017, Félix Robatto criou O Clube da Guitarrada, em Belém.
Sempre no primeiro domingo de cada mês, instrumentistas da nova e da velha guarda se reúnem para celebrar e difundir a memória do gênero, numa espécie de jam session onde os clássicos são revisitados.
O documentário "O Clube da Guitarrada", de Tania Menezes, reconstitui caminhos, mas também aponta para a renovação desse patrimônio cultural paraense, a partir do depoimentos de músicos pioneiros e novos integrantes do clube.
O filme estreou na última quinta-feira (12) no Festival Internacional do Documentário Musical - In-Edit Brasil 2025, em São Paulo.
Nesta edição do Mosaico, você ouve uma entrevista com a cineasta paraense, além do depoimento do guitarrista, pesquisador e coordenador do Clube da Guitarrada, Bruno Rabelo. O músico participou como roteirista, produtor e assistente de direção do documentário.
"O Clube da Guitarrada" e outros filmes do festival estarão disponíveis on-line na plataforma Sesc Digital até o dia 26.