Nos últimos anos, a violência nas escolas brasileiras tem crescido de forma alarmante. Um levantamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) mostra que, entre 2013 e 2023, os casos de violência interpessoal em ambientes escolares saltaram de 3,7 mil para mais de 13 mil — número que inclui estudantes, professores e demais funcionários.
Entre os fatores apontados estão a precarização da infraestrutura escolar, a desvalorização dos profissionais da educação, o avanço de discursos de ódio e a falta de preparo para lidar com questões estruturais como racismo, misoginia e desigualdade social.
Para refletir sobre os caminhos possíveis e o papel da sociedade na construção de escolas mais seguras e acolhedoras, o programa Nacional Jovem conversa com Flávio Debique, Diretor de Programas e Advocacy da Plan International Brasil — organização que atua na promoção dos direitos de crianças e adolescentes.
Na entrevista, Flávio analisa os dados recentes, fala sobre os tipos de violência mais comuns no cotidiano escolar e destaca a importância de ações de prevenção que envolvam famílias, comunidades e políticas públicas efetivas. Um diálogo essencial sobre como proteger infâncias e juventudes e garantir que o ambiente escolar seja, de fato, um espaço de aprendizado, convivência e respeito à diversidade.
