O transporte público não é apenas uma questão de deslocamento — ele também é um espelho das desigualdades sociais e raciais que marcam a organização das cidades brasileiras. No Dia Nacional de Combate à Discriminação Racial, celebrado em 3 de julho, o Nacional Jovem conversa com o antropólogo e urbanista Paíque Duques Santarém sobre os impactos do racismo estrutural na mobilidade urbana.
Doutor em Arquitetura e Urbanismo, mestre em Antropologia e militante do Movimento Passe Livre, Paíque é coautor do livro Mobilidade Antirracista e integrante do núcleo de Brasília do Observatório das Metrópoles. Na entrevista, ele explica como o planejamento urbano pode reforçar a exclusão de populações negras, periféricas e indígenas, limitando seu acesso ao trabalho, à educação, ao lazer e ao próprio direito à cidade.

A conversa também aborda propostas como a tarifa zero, os desafios de políticas públicas inclusivas e o papel da juventude nas lutas por uma mobilidade mais justa e democrática.