Três em cada quatro Yanomami são crianças, adolescentes ou jovens. O dado, revelado em um novo estudo do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) em parceria com a Hutukara Associação Yanomami (HAY), mostra a centralidade da infância e da juventude para o futuro desse povo que vive na maior Terra Indígena do Brasil, localizada entre os estados de Roraima e Amazonas.
A publicação “Infância e Juventude Yanomami: O que significa ser criança e os desafios urgentes na Terra Indígena Yanomami” apresenta a riqueza cultural do modo de vida Yanomami e evidencia os desafios enfrentados pelas comunidades diante de violações sistemáticas de direitos, como o avanço do garimpo ilegal, a contaminação por mercúrio e a precariedade no acesso à saúde e à educação.
Em entrevista ao Nacional Jovem, Gregory Bulit, chefe de emergências do Unicef no Brasil, destacou que proteger as crianças Yanomami exige respeitar suas especificidades culturais e fortalecer as organizações indígenas que atuam na defesa do território e dos direitos das novas gerações. O relatório traz recomendações para fortalecer políticas públicas específicas, combater o garimpo ilegal e apoiar o protagonismo dos jovens Yanomami, que expressam o desejo de acessar novos conhecimentos e tecnologias sem perder o vínculo com sua cultura e com a floresta.
O estudo foi realizado com apoio da Hutukara e da Urihi Associação Yanomami, e contou com o trabalho dos antropólogos Ana Maria Machado e Marcelo Moura. A iniciativa faz parte da área de Mudança Social e Comportamento do Unicef Brasil, com financiamento da União Europeia, por meio do Departamento de Proteção Civil e Ajuda Humanitária (ECHO).
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O Nacional Jovem é apresentado por Edileia Martins, com produção de Patrícia Fontoura e trabalhos técnicos de Maan “Pipi” Kayabi. Vai ao ar de segunda a sexta, das 13h30 às 15h, pela Rádio Nacional da Amazônia.
