Luisa Stefani mira Tóquio após posição histórica no ranking mundial

Atingir o 26º lugar do ranking mundial feminino nas duplas colocou Luisa Stefani na história do tênis no Brasil. É a melhor colocação de uma brasileira desde que a lista foi criada, em novembro de 1975. A paulistana de 23 anos superou a lenda Maria Esther Bueno, dona de 19 títulos de Grand Slam, os torneios mais importantes do circuito mundial, e que ocupou a 29ª posição em dezembro de 1976. No auge de Maria Esther, nos anos 50 e 60, ainda não havia o ranking da WTA, que é a associação de tênis feminino.

A marca foi atingida após o vice no WTA 1000 de Miami, no fim de semana, ao lado da norte-americana Hayley Carter, com quem joga desde outubro de 2019. E Luisa pode ir além. Se chegar ao top-10 do ranking mundial até 7 de junho, ela garante vaga na Olimpíada e também leva com ela uma brasileira que esteja entre as 300 do mundo para formar parceria em Tóquio. Além disso, classifica-se para o torneio de duplas mistas, onde deve atuar ao lado de Bruno Soares, quarto melhor duplista do mundo entre os homens.

Além de chegar em Tóquio, Luisa quer se tornar referência a jovens tenistas brasileiros como, há seis anos, Teliana Pereira foi para ela. Aposentada desde setembro do ano passado, Teliana, de 32 anos, esteve entre as cem melhores do mundo entre 2013 e 2016. Em 2015, atingiu o 43º lugar do ranking de simples.

O próximo compromisso de Luisa será na Billie Jean King Cup, torneio de seleções equivalente à Copa do Mundo no tênis feminino. Entre os dias 16 e 17 deste mês, o Brasil enfrenta a Polônia na cidade polonesa de Bytom, pela repescagem. As brasileiras têm de vencer o confronto para seguirem entre as 16 seleções que integram o Grupo Mundial.