Daniel Souza, presidente do conselho da ONG Ação da Cidadania, conversou com Dylan Araujo sobre a doação de alimentos feita pela organização para escolas de samba mirins da Liga das Escolas de Samba do Rio de Janeiro (Lierj). Daniel também falou sobre a situação dos trabalhadores do setor em meio à pandemia do coronavírus, que sentem os efeitos de forma mais acentuada devido à ausência de eventos.
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Além de quatro escolas mirins, a doação também beneficiou os mestres-salas e porta-bandeiras das 15 escolas de samba da Série A do Carnaval carioca.
"A gente entende que principalmente no Rio de Janeiro, onde a escola de samba faz esse Carnaval que é conhecido no mundo inteiro, são essas pessoas, esses operários do Carnaval e da cultura, que estão precisando de ajuda", explica Daniel.
Outra iniciativa da Ação da Cidadania também doou alimentos para as vítimas assistidas pelo programa Patrulha Maria da Penha - Guardiões da Vida, da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, que combate a violência doméstica e familiar contra a mulher. Daniel ressalta que as doações são simbólicas, já que não duram muito tempo.
Ele também faz um balanço da situação de pobreza e vulnerabilidade que está por vir como consequência da pandemia em todo o país. Para Daniel, no ano que vem, essa situação deve piorar. A ONG Ação da Cidadania está presente em todos os estados brasileiros e no Distrito Federal e pode, além de ajudar, ter uma visão panorâmica desse quadro preocupante. São 100 toneladas de alimentos, em média, por semana, doadas para todo o país.