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Aumento nos casos e óbitos pelo novo coronavírus marcam o segundo trimestre de 2020 no Rio de Janeiro

O cenário fez com que o prefeito da capital, Marcelo Crivella, decretasse estado de calamidade pública

Painel Nacional

No AR em 29/12/2020 - 09:40

O aumento nos casos e óbitos pelo novo coronavírus e as medidas restritivas impostas para conter a pandemia marcaram o segundo trimestre de 2020 no Rio de Janeiro. O período registrou um aumento progressivo nos números relacionados à doença e uma a taxa de ocupação dos leitos à beira do colapso.

O cenário fez com que o prefeito da capital, Marcelo Crivella, decretasse estado de calamidade pública, no dia 8 de abril. No estado, a situação de emergência já vigorava desde o mês anterior. As medidas restritivas impostas para conter a infecção atingiram em cheio a economia, não apenas carioca, mas fluminense. Diferentes setores contavam os prejuízos. Entre eles, os donos de restaurantes, que sofriam com a ameaça de fechar as portas em definitivo.

Além da retração econômica,  os meses de abril maio e junho registraram escândalos de fraudes e irregularidades em contratos na área mais sensível: a da saúde. Investigações da Polícia Federal apontaram desvios de recursos que deveriam ter ajudado no enfrentamento ao coronavírus, envolvendo servidores da cúpula da gestão da área. O abalo político bateu à porta do Palácio Guanabara, dando início ao longo processo de impeachment que enfrenta o governador afastado Wilson Witzel.

Em junho, contrariando especialistas, a prefeitura do Rio deu início à flexibilização do isolamento social, com um plano de retomada da economia em seis fases. Marcelo Crivella defendeu a necessidade da medida, mas pesquisadores, como o infectologista da UFRJ, Roberto Medronho, apostaram que a reabertura poderia levar a um novo ciclo de crescimento de casos de covid.

Abril, maio e junho também foram meses de muitas perdas na música. Entre os nomes de peso, destaque para Moraes Moreira, Aldir Blanc, o seresteiro Carlos José e o cantor e compositor Tantinho da Mangueira, um dos baluartes da Estação Primeira. O período registrou, ainda, a morte do ator Flávio Migliacio, do escritor carioca Luiz Alfredo Garcia-Roza, do radialista Jimmy Raw e da atriz e companheira da Rádio Nacional Daisy Lucidi.

Além das incontáveis mortes pelo novo coronvírus, o segundo trimestre também ficou marcado pelo assassinato do adolescente João Pedro, atingido por disparos dentro de casa, durante uma operação policial no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. O caso gerou comoção e fez com que, mais uma vez, a questão na segurança pública e da violência ganhassem destaque.

Ouça a restrospectiva no player acima.

Criado em 29/12/2020 - 09:40

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