Painel Nacional faz retrospectiva do quarto trimestre de 2020 do Rio 

Um final preocupante para um ano difícil em que o mundo viveu sob o temor do novo coronavírus. Após um breve período de declínio nos casos, nos últimos meses de 2020 os moradores do Rio de Janeiro viram a covid-19 assumir novamente proporções assustadoras.

O Hospital Federal de Bonsucesso, referência em cirurgias oncológicas e renais, pegou fogo no final de outubro. Mais de 190 pacientes precisaram ser transferidos e 16 deles acabaram morrendo ao longo dos dias seguintes. 

Para o então diretor do corpo clínico da unidade, Julio Noronha, o incêndio foi um desastre, mas não uma surpresa, já que o risco havia sido denunciado, inclusive em um relatório da Defensoria Pública da União

Já em novembro, assim como no restante no país, a população elegeu seus novos vereadores, prefeitos e vices. Na capital, uma disputa embolada levou para o segundo turno Marcelo Crivella, candidato à reeleição, e o ex-prefeito Eduardo Paes, que venceu com mais de 64% dos votos válidos.

No final de novembro, o estado alcançou um patamar de mais de 2 mil novos casos de coronavírus, o que não ocorria desde agosto. O sistema de saúde voltou para a emergência, com hospitais lotados em muitos municípios, UTIs funcionando com mais de 90% da capacidade na rede pública da capital e 400 pessoas na fila de espera por um leito especializado. Ainda assim, as autoridades da capital e do Estado decidiram não retroceder com as flexibilizações. No início de dezembro, o governador em exercício Claudio Castro prometeu reforço no sistema de saúde e pediu bom senso à população

Na cena política, a 9 dias de terminar o seu mandato o prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella foi preso acusado de participar do "QG da Propina".  Já a definição do futuro político de Wilson Witzel ficou para o ano que vem. Ele terminou 2020 como governador afastado, enquanto seu processo de impeachment avança para os trâmites finais.

Na cena cultural, a covid-19 fez muitos estragos em dezembro. E na lista dos mais de 25 mil mortos pelo coronavírus no estado, entraram dois ícones da música brasileira. O sambista Ubirany, um dos fundadores do grupo Fundo de Quintal nos deixou no dia 11 de dezembro. Logo depois, no dia 14, foi a vez de Paulinho, vocalista do grupo Roupa Nova, a voz que deu vida a tantos clássicos da música brasileira silenciou aos 68 anos.

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