Retrospectiva 2020: confira o que foi destaque no terceiro trimestre do ano no Rio de Janeiro

Políticos investigados por corrupção e avanço da pandemia do novo coronavírus foram alguns dos fatos que dominaram a cena nos meses de julho, agosto e setembro no Rio de Janeiro. A velocidade da pandemia de covid-19, o isolamento social e seus efeitos econômicos, e a corrida dos cientistas por uma vacina contra o vírus estamparam diariamente as manchetes de julho.

Morreu em julho a primeira Miss Brasil. Marta Rocha ficou famosa mais pelo título perdido do que por aquele que conquistou. Em 1954, ela quase ficou com a coroa de mulher mais bela do mundo. 

A política teve destaque no Rio de Janeiro com as investigações e operações tendo como alvo o governador Wilson Witzel, que foi afastado do cargo por decisão do Superior Tribunal de Justiça, suspeito de irregularidades em contratos para enfrentamento da pandemia no estado. A essa altura já tramitava na Assembleia Legislativa um pedido de impeachment. Witzel afirmou que faltam provas de sua participação em irregularidades.

Em setembro o prefeito da capital fluminense, Marcelo Crivella,  foi outro alvo de um pedido de impeachment, após a denúncia de articular o grupo “Guardiões do Crivella”. Funcionários municipais comissionados foram flagrados pela imprensa nas imediações das unidades de saúde em ações orquestradas para impedir a livre manifestação de cidadãos e o trabalho de jornalistas. O pedido foi votado pelos vereadores, mas o placar de 25 a 23 derrubou a abertura do processo contra o prefeito.

Setembro marcou ainda o fim do processo judicial mais longo da história: a posse do Palácio Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro, que serviu de moradia para a Princesa Isabel durante o período monárquico. A disputa judicial começou em 1895 com um pedido de posse feito por ela e sustentado depois por descendentes da família Orleans e Bragança. A posse do palácio, à época do Estado, passou à União com o final da batalha na Justiça.

E a exemplo de todo o mundo, o coronavírus continua no topo das preocupações no Rio de Janeiro. Em meio ao aumento dos registros, a pandemia completou em setembro, seis meses desde a confirmação do primeiro caso e o Brasil se tornou o epicentro da pandemia de covid-19 na América Latina.

Ainda sobre a pandemia, o Rio teve constantes oscilações no número de infectados e mortes, além de uma tendência de alta nos primeiros 20 dias de setembro. Segundo uma equipe multidisciplinar de pesquisadores da Fiocruz, Fundação Oswaldo Cruz, a flexibilização do isolamento social foi um dos fatores impulsionadores dessas oscilações.

Os últimos dias de setembro marcaram a despedida do cantor Gerson King Combo, que morreu de uma infecção generalizada. O artista deixou sua marca no movimento de valorização da cultura negra no Brasil como parte do movimento Black Rio. Em seu legado, obras como “Mandamentos Black’’, lançada em 1977, mas ainda hoje atual. Diante da crescente onda do movimento “Vidas Negras Importam”, ao longo de 2020, a letra fala da importância de os negros se  orgulharem de si mesmos. Já naquela época, a exemplo de agora, um grito contra o racismo. 

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