Duas galáxias que, mesmo em termos astronômicos, ficam a uma distância colossal da Via Láctea estão dando pistas de como será o nosso futuro. Mas calma: o futuro é igualmente distante: em 2,5 bilhões de anos, caso as previsões se confirmem, a Via Láctea vai se fundir com a galáxia Andrômeda em uma verdadeira dança cósmica.
Essa dança cósmica é a conclusão de uma recente pesquisa publicada pela astrofísica Sarah Sweet, que coordena um projeto que reúne cientistas da Universidade Nacional Australiana e de outras instituições. Mas, se o Universo é tão grande e tem características tão discrepantes, como é possível se basear em duas galáxias tão distantes da nossa para prever o que acontecerá por aqui? Aliás, como é possível fazer uma previsão para bilhões de anos?
Para responder a essas e outras perguntas, o Ciência no Rádio conversa com o pesquisador do Observatório Nacional Leandro Beraldo e Silva. Especialista em dinâmica galáctica, Leandro é Bacharel em Física com Habilitação em Astronomia pela Universidade de São Paulo (USP), mestre em Física pela USP e doutor em ciências USP. Fez pós-doutorado no Steward Observatory (University of Arizona, EUA), na University of Michigan (EUA), na University of Central Lancashire (Inglaterra) e na USP.