Envolvidos e testemunhas do ataque com arma de fogo no Colégio Goyazes, em Goiânia, devem prestar novos depoimentos para a Polícia Civil nesta segunda-feira (23). O ataque ocorreu na sexta-feira (20), quando um estudante usou a arma que pegou escondido da mãe, uma policial militar, para abrir fogo contra os colegas de classe. Dois adolescentes morreram no local e foram sepultados na manhã de sábado (21). Três feridos, todos com treze anos, seguem internados. Um menino teve alta na manhã de domingo (22) e uma menina está em estado grave.
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O autor do ataque foi preso em flagrante delito e deve ser apresentado à Vara da Infância e Juventude nesta segunda-feira. Na noite de sábado, a juíza de plantão, Maria Moreno Senhorelo, determinou a internação provisória dele por 45 dias, até que o caso seja julgado. Seguindo o pedido do Ministério Público, ele fica em local separado dos demais internados, por segurança, já que é filho de policiais militares.
No depoimento preliminar que fez ainda na sexta, ele disse que sofria bullying e que se inspirou nos ataques as escolas de Columbine, nos EUA, e de Realengo, no Rio de Janeiro, segundo relato do delegado do caso, Luis Gonzaga, da Delegacia de Polícia de Apuração de Atos Infracionais.
Na noite de sexta, pais de alunos, vizinhos e ex-alunos fizeram uma vigília em frente ao colégio. A escola funciona há cerca de 25 anos no bairro, com turmas do maternal até o nono ano do ensino fundamental e é considerada referência na região.
No dia do incidente, a Polícia Civil periciou o local do ataque e também realizou busca e apreensão na casa do adolescente autor dos disparos. A escola continua fechada. De acordo com Flávio Roberto de Castro, presidente do Sindicado dos Estabelecimentos de Ensino Particular de Goiânia, deve ocorrer uma reunião nesta segunda para planejar um cronograma de volta às aulas.
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