Nesta quinta-feira, ao deixar o Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro fez um pronunciamento a jornalistas e apoiadores e criticou a operação dessa quarta-feira, deflagrada pela Polícia Federal, contra as chamadas fake news. Segundo ele, a ação foi uma forma de perseguir pessoas que o apoiam e que esse tipo de situação não pode se repetir.
A crítica do presidente Bolsonaro se dirigiu à decisão do Supremo Tribunal Federal, em ordenar a operação da PF. Além disso, ele também criticou a autorização do supremo, para que o vídeo da reunião ministerial de 22 de abril fosse divulgado quase na íntegra. Insatisfeito com as últimas decisões do judiciário, ele se disse disposto a conversar com os chefes dos poderes legislativo e judiciário.
Ainda durante esse pronunciamento desta quinta, Jair Bolsonaro criticou a determinação do STF para que o ministro da Educação Abraham Weintraub preste depoimento sobre as falas na reunião ministerial. Bolsonaro criticou a quebra de sigilo do vídeo, autorizado pela suprema corte.
O presidente citou que o governo, por meio do Ministério da Justiça, entrou com o pedido de Habeas corpus pedindo a suspensão do depoimento de Weintraub. A informação, inclusive, chegou a ser confirmada pelo ministro da Justiça, André Mendonça, nas redes sociais. Segundo ele, a medida é para garantir “liberdade de expressão” do ministro e demais envolvidos no inquérito.
Até o fechamento desta reportagem, o Supremo Tribunal Federal e o ministro Celso de Melo não se pronunciaram sobre as declarações do presidente.
Ouça o Repórter Nacional das 7h desta sexta-feira (29):
Mais destaques dessa edição:
- Bolsonaro prega união entre poderes e pede que respeitem o Executivo
- Pedido de suspensão do inquérito das fake news será julgado pelo plenário do STF
- Número de contaminados por coronavírus passa dos 430 mil em todo o país.
- São Paulo já tem plano para retomar atividades paralisadas pela pandemia