Os ministérios da Saúde e das Relações Exteriores confirmaram, nesta terça-feira, a importação emergencial de dois milhões de doses da vacina contra a covid-19 que está sendo fabricada na Índia.
A compra emergencial do imunizante havia sido autorizada pela Anvisa no dia 31 de dezembro, mas foi posta em dúvida no último domingo — depois de o presidente do Instituto Serum, responsável pela fabricação das vacinas na Índia, ter afirmado que o governo indiano impediria a venda do produto. Adar Poonawala, o presidente do Instituto Serum, voltou atrás de sua declaração hoje de manhã, e disse que a venda a outros países vai ser permitida pela Índia.
Agora que a compra das vacinas está confirmada pelo governo, a Anvisa, Agência Nacional de Vigilância Sanitária, se reuniu novamente com representantes da Fundação Oswaldo Cruz para discutir o registro do uso emergencial desse imunizante. As vacinas que serão importadas da Índia foram desenvolvidas em Oxford, no Reino Unido — o mesmo produto que está sendo produzido pela Fiocruz. Mas a Anvisa quer saber se o modo de produção também é o mesmo, antes de autorizar o uso do imunizante importado no Brasil.
Na tarde desta terça (5) o presidente Jair Bolsonaro fez uma visita técnica ao Ministério da Saúde, onde se reuniu com o ministro Eduardo Pazuello para discutir o cronograma de vacinação contra a covid-19 aqui no país. O governo também tenta garantir que haja estoque suficiente de seringas e agulhas para a vacinação. Mais cedo, o Ministério da Saúde fez uma requisição administrativa para que fabricantes brasileiros forneçam seus estoques excedentes desses produtos. No dia 31 de dezembro, o governo criou restrições para impedir que agulhas e seringas fabricadas no Brasil sejam exportadas para outros países.
Clique no player acima e ouça também:
- Presidente Jair Bolsonaro se reúne com ministro da saúde para discutir cronograma de vacinação no Brasil
- Em Manaus, prefeitura decreta estado de emergência por 180 dias pra conter avanço da doença
- Após novo lockdown na Inglaterra e na Escócia, Itália e Alemanha endurecem medidas contra o novo coronavírus
- Economia... Banco Mundial prevê salto de 4% no PIB global em 2021