No quadro sobre Educação do programa Revista Rio, Rodrigo Azambuja, defensor público e coordenador de Infância e Juventude da Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, apresentou as informações coletadas pela Diretoria de Pesquisa e Estudos de Acesso à Justiça da instituição. Os dados são resultado de um mapeamento das dificuldades apresentadas no regime especial domiciliar de ensino do ciclo básico, que engloba a Educação Infantil e os ensinos Fundamental e Médio, durante a pandemia da covid-19.
Algumas das informações do estudo, disponíveis no site da Defensoria, mostram que mais da metade (54%) dos alunos, de todo o estado do Rio de Janeiro, enfrentam problemas de acesso à internet. Entre eles, 10% não dispõem de nenhum tipo de conexão. Quase metade (49%) precisa compartilhar o uso do aparelho eletrônico (celular, tablet ou computador). Apenas 12% conseguem acessar as aulas virtuais; outros 27% apenas raramente o fazem. Ainda, somente 1% dos estudantes recebeu, das unidades escolares, chips pré-pagos; e, para 29%, foram entregues material didático já impresso. Entre os estudantes que receberam material por meio digital, apenas 22% contam com uma impressora em suas casas.
O objetivo do estudo é entender como os estudantes receberam os serviços educacionais durante a pandemia e, a partir daí, poder planejar ações para aprimorar a execução das políticas públicas. Mais de seis mil pessoas responderam aos formulários. A pesquisa também revela que muitos alunos gostariam de poder contar com a reposição das aulas, "a impressão que a gente tem deles é de que nada substitui o professor em sala de aula", diz o defensor Rodrigo Azambuja, durante a conversa.
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