Pelo menos 137 canais no YouTube publicam com frequência vídeos que expressam aversão, desprezo e ódio às mulheres. Esses conteúdos reúnem quase 4 milhões de visualizações. Os vídeos atacam feministas, mães solo, mulheres mais velhas, e promovem a ideia de que as mulheres devem ocupar um papel secundário na relação com os homens. Os dados são de uma pesquisa do Observatório da Indústria da Desinformação e Violência de Gênero nas Plataformas Digitais, em parceria com o Netlab da UFRJ e o Ministério das Mulheres.
O estudo investigou a chamada machosfera no YouTube e mostrou que os produtores desses conteúdos estão lucrando com a misoginia.
Sobre o tema, o Revista Rio conversou com uma pesquisadoras que se dedicou a esse estudo, a Luciane Leopoldo Belin, pós-doutoranda no Laboratório de Estudo da Internet e Redes Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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