Uma pesquisa ouviu cerca de 580 profissionais da saúde para saber quais os “melhores” e os “piores” hospitais para doação de órgãos no estado do Rio de Janeiro. O estudo aponta as principais barreiras na estrutura das unidades de saúde e no regime de trabalho.
Mas a pesquisa também trata das barreiras subjetivas: tanto profissionais das unidades de saúde quanto os familiares dos doadores podem experimentar dúvidas como a desconfiança em relação à morte encefálica, o medo de retirar órgãos antes da hora, temor de desfiguração do corpo, crença em tráfico de órgãos ou favorecimento a pessoas ricas, além de preocupações religiosas e crenças como o desconforto do doador, mesmo após a morte.
Os profissionais de saúde que atuam em emergências e CTIS têm um papel central para a prática da doação de órgãos. São eles os primeiros a identificar potenciais doadores, comunicar-se com os familiares e garantir as condições clínicas necessárias para que a doação ocorra. Por isso, compreender as crenças, conhecimentos e atitudes desses profissionais é essencial para fortalecer a cultura da doação no país.
O Revista Rio conversa com Claudia Araújo, coordenadora da pesquisa e professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a respeito do tema.
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