Toda grande música popular do século vinte nasceu meio bandida, nos bairros pobres das grandes cidades, tocada, cantada e dançada por uns tipos meio suspeitos.
Por isso é que ela era ótima. Mas, também por isto, só a custo penetrou nos salões. E, quando isso aconteceu, ela levou para esses salões o fascínio da sua marginalidade.
O tango, por exemplo. Quando começou, ele representava um sujeito de paletó apertadinho, a navalha no bolso, a mulher com uma rosa na boca. Para o tango, o mundo se dividia entre malandros e otários – e, pensando bem, não é que ele tinha razão?
Neste programa vamos chamar atenção para a grande presença e influência do tango no Brasil.
Repertório
“O samba e o tango”, de Amado Régis, com Carmen Miranda
“Carlos Gardel”, de Herivelto Martins e David Nasser, com Nelson Gonçalves
“Hoje quem paga sou eu”, de Herivelto Martins e David Nasser, com Nelson Gonçalves
“À meia luz”, de Carlos Lenzi e Edgardo Donato, versão de Lourival Faissal, com Nelson Gonçalves
“El dia que me quieras”, de Carlos Gardel e Alfredo Le Pera , com Altemar Dutra
“O dia que me queiras”, de Carlos Gardel e Alfredo Le Pera, versão Haroldo Barbosa, com Dalva de Oliveira
“Seus olhos se fecharam”, de Carlos Gardel e Alfredo Le Pera, versão de Giuseppe Ghiaroni, com Dalva de Oliveira
“Meu Buenos Aires querido”, de Carlos Gardel e Alfredo Le Pera, versão de João de Barro, com Francisco Alves
“Ciúme”, de Jaco Gade, com Francisco Alves
“Garufa”, de Antonio Collazo, Roberto Fontaina e Víctor Soliño, com Edmundo Rivero
“Otário” (Garufa), de Collazo, Fontain e Soliño, versão de Moacyr Veira, com João Dias
“Tango brasileiro”, de Gastão Lamounier e Mario Rossi, com Vicente Celestino
“Tango para Teresa”, de Jair Amorim e Evaldo Gouveia, com Angela Maria e Agnaldo Timóteo
“Ouvindo-te”, de Vicente Celestino, com Angela Maria
“Gira”, de Enrique Discépolo, com Cauby Peixoto