Radar Sonoro: o incrível jazz brasileiro de Bola Sete

O dia 30 de abril foi declarado, em 2011, como o Dia Internacional do Jazz pela UNESCO. Essa homenagem reconhece o papel diplomático do jazz e sua importância histórica como expressão da música negra que promove os direitos humanos. A proposta de instituir essa data partiu do pianista norte-americano Herbie Hancock, que é Embaixador da Boa Vontade da UNESCO.

Nos Estados Unidos, o mês de abril já era tradicionalmente celebrado como o Mês da Apreciação do Jazz. Embora o dia 30 não seja relacionado ao nascimento de um músico específico, vale lembrar que no dia 29 de abril nasceu um dos maiores gênios da música de todos os tempos: Duke Ellington.

Aproveitando, então, essa celebração mundial do jazz, o Radar Sonoro desta semana homenageia um violonista carioca que gravou diversos discos nos Estados Unidos e que, curiosamente, trabalhou aqui mesmo, na Rádio Nacional, acompanhando artistas em vários programas.

Estamos falando de Djalma de Andrade, mais conhecido como Bola Sete. Nascido em 16 de julho de 1923, no Rio de Janeiro, em uma família de origem humilde, aprendeu a tocar cavaquinho e violão ainda na infância. Mais tarde, foi adotado por uma família de classe média alta, o que lhe proporcionou contato com a música clássica.

Para se ter uma ideia do impacto de seu estilo, o guitarrista Carlos Santana o considera uma de suas maiores influências, comparando-o até mesmo a Jimi Hendrix em termos de criatividade e técnica.

De acordo com a Enciclopédia do Jazz nos Anos 60, Bola Sete é um dos mais inovadores e ecléticos violonistas da história do gênero.

No encerramento desta edição do Radar Sonoro, ouviremos Brejeiro, interpretada por Bola Sete and His New Brazilian Trio, faixa do álbum Autêntico, lançado em 1966.

O Radar Sonoro encerra, assim, sua primeira temporada — e retorna em junho. Até lá!

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