O Festival do Rio de 2025 entra para a história ao reunir 120 produções nacionais, entre longas, curtas, médias-metragens e séries, destacando a força do cinema brasileiro. É o que a jornalista Anna Karina de Carvalho conta nesta edição da coluna Tapete Vermelho.
Entre os lançamentos, um dos destaques é a estreia mundial de “Quase Deserto”, do diretor José Eduardo Belmonte, uma coprodução entre Brasil e Estados Unidos, que explora os temas da imigração e do recomeço. O elenco traz Vinícius de Oliveira, eterno protagonista de “Central do Brasil”, além de Angela Sarafyan e Daniel Handler.
Belmonte contou à coluna que a inspiração para o longa nasceu de reflexões sobre identidade, pertencimento e experiências vividas por brasileiros no exterior. O roteiro, inicialmente pensado por Carlos Marcelo e posteriormente revisado pelo uruguaio Pablo Stoll, tornou-se uma obra original sobre a sensação de fim de mundo e renascimento, especialmente marcada pelo contexto da pandemia.
A trilha sonora, assinada por Zé Pedro Gollo, valoriza elementos acústicos e despretensiosos, com destaque para composições no violão e viola caipira, além de adaptações de músicas tradicionais. Segundo o músico, o trabalho foi pensado para reforçar o clima de recomeço presente na trama.
Vinícius de Oliveira celebrou o lançamento, ressaltando as dificuldades e emoções envolvidas na produção internacional, realizada nos Estados Unidos com uma equipe majoritariamente brasileira. Para o ator, o filme destaca a empatia e humanidade dos imigrantes, evidenciando o papel do cinema nacional na construção de pontes culturais.
O festival também traz inovação com o pré-lançamento do World AI Film Festival (WAIFF), dedicado a produções que utilizam inteligência artificial. O evento, com edição presencial e virtual marcada para fevereiro, promete impulsionar debates sobre o futuro do audiovisual. Já o Festival do Rio, continua firme como palco para os principais lançamentos e premiações do cinema brasileiro. Saiba mais sobre o WAIFF.
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