O Tarde Nacional conversa com Fernanda Reichardt, pesquisadora em genocídio indígena da Universidade de São Paulo (USP), sobre o Dia Internacional de Homenagem e Dignidade das Vítimas do Crime de Genocídio (9), reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Ouça no player abaixo:
Fernanda definiu o genocídio, ao pé da letra, como o extermínio deliberado, parcial ou total de grupo étnico racial ou religioso ou a destruição das populações e povos.
Ela explicou que o genocídio pode ser também simbólico, com o silenciamento das populações. Para prevenir essa situação, a especialista considera importante mudar a cobertura midiática e a forma como essas pessoas são retratadas em livros escolares.
"Essa mudança não virá do Estado para nós. Nós que temos que exigir essa mudança", afirmou.
A pesquisadora comentou sobre o genocídio indígena. Ela trabalhou com direitos humanos na fronteira agrícola amazônica e viu várias violações, entre elas a demarcação da terra indígena do povo Xavante. Fernanda falou sobre a ausência do estado em questões básicas.