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Estudo investiga a existência do fenômeno "Epidemia da Solidão" no Brasil

Pesquisa, realizada pelo Instituto Opinião, mapeou a solidão antes e durante a pandemia

Tarde Nacional

No AR em 25/01/2021 - 15:30

Existente muito antes da pandemia, a "epidemia da solidão" não atinge só os idosos. Pelo menos é o que garante uma pesquisa realizada pelo Instituto Opinião, em 2020,  coordenada pelo escritor e jornalista Celso Grecco. Segundo o estudo, os dados mais relevantes apontaram a população jovem, na faixa etária dos 18 aos 34 anos, no epicentro dos espectros, notadamente no que se refere à ansiedade de performar.

Sobre a pesquisa, o Tarde Nacional dessa segunda-feira (25) conversou com o consultor e palestrante em desenvolvimento socioambiental, Celso Grecco. Em 2019, ele escreveu um livro que deu origem à pesquisa, chamado "A Decisão De Que O Mundo Precisa" e deve lançar, ainda neste ano, um documentário que aborda alguns aspectos da pesquisa.

Para escrever o livro, ele foi pesquisar o estado do mundo. Celso encontrou no relatório de riscos globais do Fórum Econômico de Davos, de 2019, que um dos temas que estavam mais em discussão era o isolamento entre os países.

"Na  minha pesquisa, eu me deparo com o Ministério da Solidão, que foi um órgão de governo criado na Inglaterra pela ex-ministra Theresa May, onde fizeram uma correlação com as pessoas buscando - cada vez mais - o sistema público de saúde para obtenção de antidepressivos. Então, foram fazer uma pesquisa, eles descobriram que 15% da população inglesa se declarava solitária. E eles não falavam de uma pessoa idosa, abandonada pela família", relata o jornalista.

Mas o que é solidão, afinal? É o mesmo que estar sozinho? Segundo Celso, o termo "epidemia da solidão" vem de um estudo na Inglaterra. Mas é um nome que já é usado nos EUA, na África do Sul. Na entrevista, o escritor lembra que em 2019 não se falava em saúde mental. Não tão de forma evidente como foi em 2020. Para esse trabalho, eles conversaram com psiquiatras, neuropsiquiatras, psicólogos, neuropediatras que responderam se o mesmo "fenômeno' se repetia no Brasil.

Todos eles responderam que sim. Mas destacaram que solidão é diferente de depressão embora uma alimente a outra. "Nesse trabalho, nós conseguimos mapear 7 espectros da solidão", destaca.

Quanto aos dados da população jovem, é algo dramático visto que o Brasil é um país ainda jovem. O escritor também fala inclusive sobre a ambiguidade das redes sociais, que tanto podem acolher quanto piorar um quadro de saúde mental. 

Confira a entrevista no player acima. 

Tarde Nacional vai ao ar de segunda a sexta-feira, no horário de 15h às 17h, pela Rádio Nacional de Brasília. 

Criado em 26/01/2021 - 08:44 e atualizado em 26/01/2021 - 08:44

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