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Aos 84 anos, ex-ministro da Agricultura será indicado ao Prêmio Nobel da Paz de 2021

Confira a entrevista com Alysson Paolinelli, que é também presidente executivo da Abramilho e fundador da Embrapa

No AR em 13/01/2021 - 15:32

A corrida para o famoso Prêmio Nobel da Paz de 2021 já começou e o Brasil escolheu um representante do agro para esta edição: Alysson Paolinelli, de 84 anos, ex-ministro da Agricultura, com formação em Engenharia Agronômica e toda uma vida dedicada ao desenvolvimento da agricultura tropical sustentável. Encabeçada pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo, a indicação conta com o apoio de dezenas de universidades e institutos de pesquisa do Brasil.

Para falar mais sobre esta indicação, o Tarde Nacional conversou nesta quarta-feira (13) com o mineiro de Bambuí, que já foi deputado federal por Minas Gerais, e é o atual presidente executivo da Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho) além de embaixador da Boa Vontade do Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Alysson Paolinelli. O acadêmico presidiu ainda o Banco do Estado de Minas Gerais e a Confederação Brasileira de Agricultura e Pecuária (CNA).  

Na entrevista, ele diz que se sente honrado pela indicação mas garante que nunca fez nada sozinho. "Nós sempre tivemos grupos de trabalho e conseguimos através de um esforço conjunto realizar alguma evolução que nós havíamos planejado. E o que é mais importante pra mim é que esse prêmio vai realçar o nosso país", diz.  Paolinelli relata que o Brasil nunca teve um prêmio Nobel.

"Os pesquisadores da Embrapa desenvolveram a tecnologia e levaram ao campo as inovações geradas pelas pesquisas. Foram também os esforços governamentais com projetos de políticas públicas que viabilizaram para os agricultores o uso desta tecnologia, e fundamentalmente os produtores que acreditaram, nos ouviram e fizeram mudanças. O Brasil na década de 70 era um país que tinha uma agricultura extrativista, onde o produtor plantava e colhia aquilo que conseguia", recorda o ex-ministro.

Segundo o acadêmico, o trabalho de pesquisa  foi exatamente esse de oferecer inovações para que o produtor pudesse mudar o seu conceito de produção e se transformar num produtor com tecnologia. E com isso melhorar as suas condições de produção e produtividade além de repor para a natureza o que dela tirou. "O Brasil é um país que criou uma agricultura tropical porque não existia no mundo uma agricultura tropical tecnificada", explica Paolinelli.

No bate-papo, ele fala também sobre a conquista do World Food Prize, em 2006, considerado o Nobel da Alimentação. Quer saber as projeções da agricultura brasileira para 2050? Acompanhe a entrevista completa, no player acima. 

Tarde Nacional vai ao ar de segunda a sexta-feira, no horário de 15h às 17h, pela Rádio Nacional de Brasília. 

Criado em 14/01/2021 - 08:20 e atualizado em 13/01/2021 - 21:41