Microcefalia e Zika vírus - Qual a situação atual? O Tarde Nacional conversou sobre o assunto, nesta terça-feira (20), com a médica obstetra paraibana Adriana Suely de Oliveira Melo, pesquisadora e especialista em saúde materno-infantil e presidente do Instituto Professor Joaquim Amorim Neto de Desenvolvimento, Fomento e Assistência a Pesquisa Científica e Extensão (IPESQ).
Ela foi uma das primeiras profissionais de saúde a identifcar, em 2015, a relação do vírus com a microcefalia. Adriana fala das preocupações atuais em relação à doença:
"O Zika nunca deixou de circular, só que está circulando em menor quantidade. Ainda existem casos esporádicos de crianças nascendo com microcefalia pelo Zika vírus. Nosso maior receio é que volte a ter aumentos de casos. Até hoje não se sabe porque ele sumiu", diz a médica.
Uma das hipóteses é que, como o mesmo mosquito transmite também a dengue, a chikungunya e a febre amarela, cada vírus poderia ter um ciclo mais forte conforme o ano. A profissional alerta que não houve mudança expressiva nas políticas de combate ao vetor dessas doenças.
A especialista também conta que muitas crianças ficaram sem diagnóstico. Segundo ela, o Brasil tem cerca de 3 mil casos que ainda estão sendo investigados. A maior dificuldade para essas pessoas é a conseguir o benefício previdenciário criado para esse grupo. Há também diversos problemas de saúde relacionados ao Zika que vão surgindo ao longo da vida.
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