Nas últimas semanas ocorreram muitos casos de importunação e assédio sexual. Como foi com o médico brasileiro preso no Egito por assédio, o caso na CBF e aqui em Brasília dois casos em supermercados. Uma na qual um servidor público tirou foto por baixo do vestido de uma cliente e um bombeiro militar que passou a mão nos seios de uma adolescente. Sobre esse assunto, o Tarde Nacional desta terça-feira (8) conversou com a Dra. Ivana David, juíza em 2º grau da 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP).
Sobre o caso ocorrido no Egito com o médico brasileiro, a juíza alerta para que as pessoas tomem sempre cuidado para entender os costumes de cada país. "Ainda mais um país que é árabe e que tem uma religiosidade onde a maioria é mulçumana. Para por exemplo não fazer o que esse médico fez. Pois lá no Egito, a conduta dele tipifica um crime descrito no Código Penal daquele país. Se a gente vai para Nova York e sai com uma garrafa de cerveja na mão você também pode ser preso", comenta ela sobre esses interesses até para se viver melhor naquele local.
Na entrevista, Ivana acredita que a não-observância desses regramentos e preceitos sociais básicos supera até o limite de respeito e educação. "É de uma deselegância, uma falta de cortesia, de um machismo deplorável", lamenta a juíza.
"Hoje existe um ordenamento processual e penal muito importante, no âmbito civil com ações de assédio moral, sexual. E ferramentas a nível de direito público que é impor ao estado providências que protejam as vítimas e mecanismos públicos para evitar que essa mulher seja vítima", defende Ivana.
Ouça a entrevista completa no player acima.
O Tarde Nacional vai ao ar de segunda a sexta, no horário de 13h às 15h, pela Rádio Nacional de Brasília.