"Um certo Antônio Carlos Jobim surgia no cenário musical do início dos anos 1950 com sua pasta cheia de partituras em desalinho e contas a pagar. Como à capital da república chegava gente vinda de toda parte, não é de surpreender com Billy Blanco, um paraense de muito talento, também viesse parar por aqui, e que, maravilhado com o que via a cada esquina, acabasse por criar, no impulso, um par de versos que logo de tornaria como que uma assinatura musical da cidade: 'Rio de Janeiro que eu sempre hei de amar; Rio de Janeiro, a montanha, o sol e o mar'. Ou seja, eles transformaram em LP o relato das paixões de quem chega e se encanta pela cidade", comentou João Máximo em entrevista ao programa Todas as Vozes.
O livro 'Sinfonia do Rio de Janeiro - 60 anos de história musical da cidade' será lançado no dia 21 de maio de 2015, quinta-feira, às 18 horas, em tarde de autógrafos na Livraria Arlequim, no Paço Imperial. Além do texto de João Máximo, a obra conta com fotos da era pré-bossa-nova e fotos atuais. São imagens dos lugares da cidade que os compositores frequentavam e admiravam.
Um CD encartado na obra apresenta duas gravações da Sinfonia do Rio de Janeiro: a original, de 1954, com um elenco de estrelas da MPB e regência de Radamés Gnattali, também autor do arranjo, e uma segunda, gravada em 1960.
"Na primeira metade dos anos 1950, nem todos tinham recursos para comprar LP's. O trabalho, realizado na gravadora Continental foi, inicialmente, restrito a um pequeno público. Até hoje, muito gente não conhece essa gravação histórica. Dar notoriedade a essa suite de 12 temas sobre nossa cidade, é o principal objetivo do projeto", afirmou João Máximo. Acompanhe, no player acima, a entrevista completa.
O programa Todas as Vozes vai ao ar de segunda a sexta-feira, das 7h05 às 10h, na Rádio MEC AM do Rio de Janeiro - 800 kHz, com apresentação do jornalista, professor e radialista Marco Aurélio Carvalho.