Segunda-feira, 28 de setembro, desde de 1990, essa data foi escolhida pelas mulheres presentes no 5º Encontro Feminista Latino-americano e do Caribe, na Argentina, com Dia de Luta pela Descriminalização do Aborto.
O tema, sempre polêmico, ainda está por merecer uma atenção especial do Brasil, já que aqui, esse direito não está garantido às mulheres, pois o Código Penal, de 1940, regula o aborto como crime, ressalvando os casos de estupro, anencefalia e risco de vida da mulher.
35% dos brasileiros conhecem pelo menos uma pessoa que já fez aborto clandestino
O fato do aborto ser considerado crime no Brasil penaliza diretamente as mulheres pobres, que têm menos acesso aos serviços de saúde. Para aquelas que têm recursos, o aborto está disponível em clínicas particulares, com métodos avançados e seguros – o que é no mínimo uma injustiça.
O Viva Maria desta segunda-feira (28), Dia de Luta pela Descriminalização do Aborto, conversa com Maria José Rosado, da organização não-governamental Católicas pelo Direito de Decidir. Ela que destaca a vulnerabilidade de mulheres sem acesso a serviços de saúde e métodos contraceptivos.
Maria José Rosado ainda ressalta a pressão de grupos religiosos para que o Legislativo torne a prática da interrupção da gravidez ainda mais restritiva. Ela também critica o debate em torno de uma possível extinção das secretarias com status de ministério que tratam de políticas para as mulheres e de promoção da igualdade racial.
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Desde o início da década de 80 as mulheres sabem: têm voz no rádio brasileiro. Com mais de 30 anos dedicados à defesa dos direitos da mulher, o Viva Maria apresenta temas relevantes e entrevistas com personalidades que contribuem para a melhoria da vida da mulher. Em formato de programete, o Viva Maria é presença garantida na programação das Rádios EBC. Apresentação e Produção: Mara Régia