Carioca nascida em 1862 e filha de portugueses, a escritora, cronista e teatróloga Julia Lopes de Almeida mudou-se para Campinas, em São Paulo, quando ainda era criança.
Apaixonada pela leitura e pelos livros, começou a escrever os primeiros textos aos 19 anos de idade na Gazeta de Campinas . Nesta época, a literatura não era vista como uma atividade própria para as mulheres.
Julia também escreveu para o jornal carioca "O País" por mais de 30 anos. Nos jornais, a escritora destacava temas como a República, a Abolição da Escravatura e os direitos civis.
Ao se mudar para Lisboa, capital de Portugal, em 1886, casa-se com o poeta Filinto de Almeida, diretor da Revista Semana Ilustrada, editada no Rio de Janeiro.
A obra "Traços e Iluminuras" foi o primeiro dos seus dez romances, que incluem entre outros títulos textos como "Memórias de Marta", "A Intrusa" e "A Falência".
Julia Lopes de Almeida foi determinada no ofício de escrever, em uma época em que o papel da mulher escritora era visto com muito preconceito.
A escritora estava na lista do grupo de intelectuais responsáveis pela criação da Academia Brasileira de Letras, mas de última hora, teve o nome excluído da lista, sendo substituída pelo marido, Filinto de Almeida, porque os fundadores optaram por manter a Academia exclusivamente masculina, como uma maneira de seguir o modelo da Academia Francesa de Letras.
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