Em 1975, a Organização das Nações Unidas (ONU) oficializou o dia 8 de março como o Dia Internacional da Mulher.
O objetivo era lembrar as conquistas, os desafios e marcar a luta das mulheres por espaço em todas as áreas e a literatura é uma das mais fortes porque mexe com a liberdade de expressão e criação.
Em um passado não tão distante assim, as mulheres tinham que usar pseudônimos e se esconder atrás de nomes masculinos para assinar os textos e publicá-los. Muitas delas nem tiveram essa oportunidade, porque a família não permitia e a maioria especialmente antes do século XX, guardava poemas ou escritos variados sem nunca assumir a autoria.
E, assim, a literatura foi seguindo através dos séculos como um espaço muito mais masculino.
De acordo com uma pesquisa do grupo de estudos em literatura brasileira contemporânea, um coletivo de pesquisadores ligado à Universidade de Brasília, mais de 70% dos livros publicados por grandes editoras no Brasil, entre 1965 e 2014, foram escritos por homens.
Esse cenário ainda é muito desigual, ainda que já tenhamos uma expressiva quantidade de escritoras, muitas premiadas e respeitadas não só no Brasil como no exterior.
As mulheres ganharam mais representatividade na literatura, mas o caminho ainda é longo para que ganhem a notoriedade merecida.
No Dia Internacional da Mulher, não basta ler suas histórias, é preciso entender sua narrativa e respeitar em verso e prosa o que cada uma faz questão de contar. A mulher tem ainda muitos livros a escrever, afinal, não faltam personagens, conflitos, aventuras, romances ou poesia no imaginário feminino.