Um livro para marcar a data do bicentenário da independência do Brasil: "Pedro I, Compositor Inesperado".
A publicação lançada agora em virtude das comemorações do 7 de setembro de 2022 teve a coordenação de Ricardo Cravo Albin e reúne oito ensaios sobre o imperador e sua relação com a música. Todos foram escritos por autores como Mary del Priore e tratam do legado musical deste imperador que nasceu no Palácio de Queluz, em Portugal.
Filho de Dom João VI e dona Carlota Joaquina, Dom Pedro era o segundo filho do casal real.
Ainda em Portugal recebe suas primeiras lições musicais, tendo como um de seus professores, Marcos Portugal.
Em 1817, Dom Pedro compõe o primeiro de uma série de hinos patrióticos: o "Hino à Dom João", muito provavelmente um presente do príncipe a seu pai em celebração ao início do seu reinado, após a morte da rainha Maria I.
Em 1822, a corte de Lisboa despacha um decreto exigindo que o príncipe retorne a Portugal. Essa decisão desagrada o povo e Dom Pedro decide ficar. É o famoso Dia do Fico.
Neste ano, ele proclama a independência do país tornando-se o primeiro imperador do Brasil. E compõe o hino do Brasil com letra de Evaristo da Veiga.
A versão mais antiga do manuscrito está no Instituto Histórico Geográfico Brasileiro (IHGB), no Rio de Janeiro, e foi doada à instituição em 1861, por Francisco Manuel da Silva, que garantiu ser a partitura um autógrafo.
Em 1830, quase nove anos como imperador do Brasil, Dom Pedro abdica do trono em favor do seu filho, Pedro, então com 5 anos de idade.
Em 1831, Dom Pedro I vai para Paris, pois o trono português havia sido usurpado por seu irmão Miguel. Lá conhece Rossini, que regeu o seu "Te Deum". Em 1834, morre no Palácio de Queluz, em Portugal, com apenas 35 anos de idade.