A carreira de Marília Mendonça, que morreu na última sexta-feira (5) em um acidente de avião em MG, rompeu barreiras e servirá de inspiração a novas artistas mulheres. A avaliação é da escritora e pesquisadora Chris Fuscaldo, autora das discobiografias Legionária (Legião Urbana) e dos Mutantes, além do livro Viver é Melhor que Sonhar, sobre Belchior. Chris defendeu no ano passado uma tese de doutorado em Literatura sobre a trajetória de mulheres compositoras.
Clique no player acima e ouça um papo que o jornalista Jansem Campos teve com a pesquisadora, além de um depoimento do jornalista Arthur Dapieve, sobre a carreira da artista.
A popularidade das canções confessionais de Marília e sua ousadia em falar sobre os sentimentos e atitudes da mulher contemporânea fazem dela uma sucessora das primeiras compositoras brasileiras do estilo "sofrência", como Maysa, e do sertanejo, como Roberta Miranda. À genialidade de Marília, soma-se seu talento para administrar bem a carreira no atual formato da indústria musical. A cantora e compositora também era admirada além do mundo sertanejo, sendo reverenciada por artistas da MPB, pop, funk e outros gêneros musicais.