As ações de prevenção e diagnóstico da malária serão intensificadas esta semana nos estados da Região Amazônica, especialmente no Amazonas, Pará e Acre. No ano passado, o número de infecções na Amazônia chegou a quase 175 mil, um aumento de 48% em relação ao ano anterior.
Vinte e quatro pessoas morreram na região em 2017 após contrair malária. O coordenador do Programa Nacional de Controle e Prevenção da doença, Cássio Peterka, fala sobre outros estados que também preocupam o Ministério da Saúde.
Esta semana, a Secretaria de Saúde de Roraima confirmou 5.750 casos de malária em todo o estado no período de 1º de janeiro a 30 de março deste ano. Desse total, 2.040 são importados de outras unidades federativas ou de outros países.
Parte dos casos de malária notificados no estado são provenientes da Venezuela. O governo vai reforçar o treinamento de agentes de endemias, secretários municipais, profissionais da atenção básica, microscopistas e bioquímicos.
No Amazonas, segundo dados da Fundação de Vigilância em Saúde, quase 19 mil casos de malária foram registrados no primeiro trimestre - um aumento de 34,33% em relação ao mesmo período do ano passado.
O chefe do Departamento de Vigilância Ambiental do Amazonas, Cristiano Fernandes, afirma que a ocupação desordenada em área urbana tem facilitado o contato da população com as fêmeas de mosquitos do gênero Anopheles, os vetores da malária. O grande desafio é o diagnóstico precoce, já que não existe vacina, mas há tratamento para a doença.
O Dia Mundial de Luta contra a Malária, celebrado em 25 de abril, foi criado em 2007, durante a Assembleia Mundial da Saúde, com o objetivo de chamar a atenção de governantes e profissionais para uma doença que atinge milhões de pessoas em todo o mundo.
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