No início do mês, o Brasil Rural fez uma entrevista sobre uma tese de doutorado que associa a monocultura do eucalipto à desertificação no semiárido mineiro. De acordo com pesquisas recentes, o eucalipto consome 300 litros de água por metro quadrado a mais do que a vegetação nativa na região. Para contestar esses dados e falar sobre o manejo correto do eucalipto, conversarmos com a presidente executiva da Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), Elizabeth Carvalhaes.
Segundo ela, as florestas plantadas de eucalipto promovem efetivos ganhos sociais e ambientais, como: a fixação do homem no campo, a despoluição e a redução dos efeitos das mudanças climáticas por meio da conservação do solo. O setor responde hoje por quase 8 milhões de hectares de plantio florestal.
Sobre as florestas de eucalipto, ela diz: "É uma atividade que já existe há 80 anos e que a partir dos anos 80 começou um estudo sobre a água. Para isso, nós trabalhos muito com o Programa Cooperativo sobre Monitoramento e Modelagem de Bacias Hidrográficas (Promab), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) e a gente monitora hoje mais de 60 microbacias nesta área de plantio. As florestas plantadas do Brasil são as que mais recebem investimento em inovação e tecnologia. Então, nenhum eucalipto chega lá embaixo no lençol freático. Hoje em dia temos o manejo florestal mais sustentável do mundo! Nós temos trabalhado, inclusive, para que o produtor rural seja remunerado por toda melhora que ele está fazendo."
Acompanhe a entrevista completa:
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