O Brasil Rural desta segunda-feira, 5, fala sobre uma tecnologia lançada na AgriFutura - ocorrida neste fim de semana, em São Paulo - para obtenção de ingredientes a partir da casca do café robusta. Sem o uso de solventes, o ingrediente natural aquoso e seco pode ser usado como fonte de cafeína na indústria de alimentos e bebidas não-alcoólicas, além da aplicação na formulação de cosméticos e fármacos naturais. O processo teve pedido de patente depositado no Instituto Nacional de Propriedades Intelectuais (INPI).
Sobre este assunto, conversamos com a pesquisadora do Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, Gisele Anne Camargo. A intenção, segundo ela, é ter sempre produtos saudáveis no caso das bebidas que tenham uma função nutricional mais adequada. E uma outra etapa é a farinha, que contém a cafeína, e pode ser usada em pães e biscoitos. Sobre o processo, ela diz:
"Este resíduo de cafeína normalmente é usado para adubação, sem um fim mais nobre. A intenção é utilizar o ingrediente para fazer outros produtos que tenham um valor agregado bem maior. Ou seja, agregar mais valor a cadeia do café tendo um resíduo que poderá ser valorizado e vendido para as indústrias como ingrediente. Você vai processar este produto em pequena ou média quantidade, o que pode ser feito por associações e cooperativas", ressalta Gisele.
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*Com informações da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA)