Agrônomo fala sobre prevenção de queimadas no período da seca

No período de seca há maior ocorrência de queimadas, principalmente na região central do Brasil, como o Distrito Federal. Para falar da prevenção das queimadas nesse período, o Brasil Rural conversa com o agrônomo da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Distrito Federal (EMATER-DF), Rafael Lima.

O agrônomo explica que as queimadas são causadas pelo homem, de forma acidental, criminosa ou por mau uso. Elas podem se espalhar de áreas de preservação ou de pastagem. Setembro é o mês com maior ocorrência de queimadas.

O especialista destaca que as pessoas ainda têm o hábito de utilizar o fogo, apesar da proibição do órgão ambiental, para limpar áreas de plantio e de pastagem, mas acaba ocorrendo a perda do controle da queimada, que invade áreas nativas e de lavouras.

“A cinza tem um potencial de adubação, mas o potencial dela é muito baixo. A médio e longo prazo você vai causar o empobrecimento do solo, vai perder matéria orgânica, vai causar uma compactação do solo, vai perder aeração... então, o prejuízo é muito superior a qualquer potencial de adubação das cinzas e da mineralização da matéria orgânica. Não vale a pena fazer este tipo de prática”, reforça Rafael Lima.

De acordo com o agrônomo, a Emater-DF recomenda o uso de outros tipos de tecnologia para o controle de queimadas que são mecanismos eficientes como produtos químicos para controlar o mato, adubação verde, implemento agrícola a exemplo da roçadeira, plantio direto.

Ele lembra ainda que o agricultor deve trabalhar de forma preventiva, mas em caso de início de incêndio, deve estar com os equipamentos de controle de incêndio disponíveis e para um incêndio de grande proporção deve chamar equipe especializada como brigada e o corpo de bombeiros no 193.

Ouça a entrevista completa com no player abaixo:

O Brasil Rural vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 5h, pelas rádios Nacional AM Brasília e Nacional do Rio de Janeiro; sábado, às 5h, pela Rádio Nacional do Alto Solimões e, às 7h, pelas rádios Nacional AM Brasília e Nacional da Amazônia.