O Brasil Rural desta sexta-feira (21) conversa com a pesquisadora da Embrapa Floresta, Cláudia Maia, que fala da pesquisa para o desenvolvimento do fogão a biomassa que traz benefícios em relação ao fogão de lenha tradicional, feita em parceria com a Universidade de Energia e Recursos Naturais, de Sunyane, em Gana, na África,
De acordo com a pesquisadora, o protótipo do novo fogão foi desenvolvido em 2015 e 2016, experimentado em 12 comunidades do país africano, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos moradores que além de prepararem seus alimentos de forma rudimentar, num calor excessivo, inalavam fumaça e ficavam sujeitos a intoxicação.
A biomassa é obtida da produção do carvão e na produção do biochar, que é o uso de carvão para fins agronômicos.
“A mulher, além de cozinhar numa situação de melhor ergonometria e segurança, em vez de cozinhar agachada pode trabalhar em pé e, ao mesmo tempo, ela está usando os resíduos da sua área de plantio, como casca de arroz, sabugo de milho, restos de madeira diversos e até lenha. Então você está usando esse carvão para cozinhar e produzindo um carvão para melhorar a qualidade dos solos africanos”, explica a pesquisadora.
A especialista acrescenta ainda que a ideia de desenvolver esse protótipo veio a partir da observação dessas mulheres africanas cozinharem em pequenas fogueiras, agachadas, junto com as crianças amarradas às costas, respirando fumaça tóxica.
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