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Economista traz as cotações do agronegócio no início de março

Argemiro Brum faz uma analise das alterações nos preços dos principais

No quadro Mercado e Cotações do programa Brasil Rural desta segunda-feira (7), o especialista em agronegócio, professor e economista da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (Ceema/Dace/Unijui), Argemiro Luís Brum, analisa o mercado do agronegócio da primeira semana do mês de março para os principais produtos brasileiros.

 

Ele explica que recentemente, o IBGE divulgou dados do PIB Brasileiro. Houve uma retração de quase 4%, mas o PIB agrícola cresceu 1,8%. "Esses dados demonstram a importância do setor primário na economia brasileira e que em momentos de instabilidade nos demais setores econômicos a agropecuária ajuda a manter o PIB", explica.

 

Ele explica que o preço do arroz no sul recuou novamente, com uma queda total de 1,89% no preço médio aos produtores em fevereiro. "Março também já se iniciou com novas quedas e as boas exportações do último ano comercial não foram suficientes para segurar os preços. Estima-se também que haja, até o fim da colheita, uma quebra de safra de 15% no Rio Grande Do Sul e 10% em Santa Catarina. Os dois estados são responsáveis por mais de 70% da produção nacional de arroz", explica.

 

"O mercado do feijão ainda tem preços muito aquecidos, principalmente para o feijão carioca. A oferta nesse mês de março não vai ser suficiente para pressionar os preços para baixo", avalia.

 

O economista explica ainda que a soja tem uma pressão baixista normal, já que está em plena colheita do produto aqui no Brasil. No milho, a situação é estável com pressão altista. “No caso da soja, muito se deve às cotações em baixa em Chicago. O preço do bushel de soja em Chicago chegou a bater em US$8,50 no dia 1° de março, depois se recuperou um pouco e veio durante a semana trabalhar ao redor de US$8,56 aproximadamente. Não se vislumbra grandes recuperações nesse preço, pelo menos por enquanto.” explica. A colheita brasileira segue bem, já tendo alcançado até a virada do mês de fevereiro para março entre 33% e 35% da área colhida no Brasil todo. Para o milho, a tendência em Chicago é a estabilização. No Brasil a expectativa continua de preços estáveis para alta.


No mercado do boi gordo, o professor explica que a cotação da arroba segue firme mesmo com o consumo lento das carnes. Na suinocultura as cotações do suíno vivo encerraram em relativa estabilidade nas principais praças de comercialização no Brasil. Com o consumo interno desaquecido no verão, as boas exportações são de extrema importância. O volume de carne suína in natura embarcado nos dois primeiros meses de 2016 é o melhor desde 1997. O frango tem tido desempenho mediano, apresentando pequena melhora. Os preços acompanham e também tem melhoram pouco. O mercado de aves também está dependente das exportações para manter preços interessantes.

 

O Brasil Rural é transmitido de segunda a sexta e aos domingos, às 6h, e sábado, às 7h, nas rádios Nacional de Brasília e Nacional da Amazônia.



Criado em 07/03/2016 - 21:52 e atualizado em 07/03/2016 - 18:48

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