Caderno de Música fala sobre os Poemas Sinfônicos e as Sinfonias Descritivas

O Caderno de Música deste domingo traz mais uma edição da série Elementos da música, e apresenta algumas características da Música Programática.

A ligação entre a música e outras artes sempre esteve presente em todos os períodos da história da música. Como exemplo, temos o balé (que une música e dança), e a ópera (que reúne, principalmente, elementos do teatro e da música). Porém, foi especificamente no Romantismo que a necessidade de contar uma história ou retratar uma paisagem através da música se intensificou. Nasce, assim, a música programática em oposição à música absoluta. Esta última, composta sem alusão a qualquer fator extramusical. 

De característica descritiva, a música de programa (como também é chamada), se concentra em transformar em música uma imagem ou um fato, seja ele fictício ou real. Os principais tipos de música programática são: o poema sinfônico, a abertura de concerto, a sinfonia descritiva e a música incidental. No programa, o destaque será para as Sinfonias Descritivas e os Poemas Sinfônicos. 

As sinfonias descritivas, como o próprio nome indica, são obras no formato sinfônico que tentam descrever algo, e relacionam-se diretamente a uma paisagem ou situação. Bons exemplos de composições neste estilo estão na Sinfonia Pastoral, de Beethoven, a Sinfonia Fantástica, de Berlioz, e a  Sinfonia do Novo Mundo, de Dvorák. 

Outro gênero bem comum de música programática é o Poema Sinfônico. Criado por Liszt, as composições neste formato são escritas em estilo livre e possuem apenas um único movimento. Para dar continuidade às partes de seus poemas sinfônicos, Liszt utilizou-se de um tema que se apresenta diversas vezes e de maneira variada durante toda a música. Outros compositores que também escreveram importantes obras neste formato foram Camille Saint-Saëns, Modest Mussorgsky, Richard Strauss, Paul Dukas e Bedřich Smetana. 

O Caderno de Música vai ao ar neste domingo, às 14h30, na Rádio MEC.