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Programa segue com o especial "210 anos de Giuseppe Verdi"

No programa, destaque para “Rigoletto”, “Il Trovatore” e “La Traviata”

Caderno de Música

No AR em 15/10/2023 - 14:30

O Caderno de Música deste domingo (15) segue com o especial “210 anos de Giuseppe Verdi”, com algumas das óperas mais importantes deste compositor romântico italiano. 

Giuseppe Verdi é, sem dúvidas, um dos maiores nomes da ópera de todos os tempos. Além de suas contribuições artísticas, o compositor desempenhou um papel ativo na política italiana. Suas melodias cativantes e narrativas trágicas e heroicas ressoavam na Itália durante o movimento de unificação, conhecido como Risorgimento. Suas óperas capturaram as profundas emoções humanas e refletiram os fervorosos sentimentos nacionais dos italianos em busca de liberdade e unidade. 

No início dos anos 1850, Verdi atinge o seu auge de popularidade com suas três grandes óperas: “Rigoletto”, “Il Trovatore” e “La Traviata”. Sobre o seu drama psicológico “Rigoletto”, Verdi fez o seguinte comentário: “As minhas notas, quer sejam bonitas ou feias, não as escrevo nunca ao acaso, e preocupo-me sempre em representar uma personagem”. Escrita em 1851, “Rigoletto” é uma tragédia baseada na peça "Le Roi s'amuse" (O rei se diverte), de Victor Hugo, e explora temas de amor, traição e vingança que entrelaçam o destino do corcunda bobo-da-corte Rigoletto, sua adorável filha Gilda, o libertino Duque de Mântua e o temido assassino de aluguel Sparafucile. Entre suas passagens mais memoráveis, destaca-se a famosíssima ária "La donna è mobile", na qual o Duque expressa sua opinião sobre a confiabilidade das mulheres.

Assim como “Rigoletto”, a ópera “Il trovatore” também teve grande êxito desde o momento de sua estreia, em janeiro de 1853 no Teatro Apollo, em Roma. Com libreto de Salvatore Cammarano baseado na peça espanhola “El Trobador”, de Antonio García Gutiérrez, “Il Trovatore” traz um drama de vingança e paixão, que se desenrola na Espanha medieval, envolvendo nobres, trovadores e uma misteriosa cigana. 

A terceira ópera da famosa trilogia verdiana é “La Traviata", escrita poucos meses depois de “Il Trovatore”. Diferente das duas anteriores, “La Traviata” não foi bem aceita no momento de sua estreia, e precisou passar por algumas revisões até se tornar este grande sucesso. Com libreto escrito por Francesco Maria Piave e baseado no romance "A Dama das Camélias", de Alexandre Dumas, a história é contextualizada na alta sociedade parisiense do século 19, e aborda questões sociais e morais da época, revelando a luta de Violetta (uma cortesã parisiense) contra as convenções sociais e seu amor genuíno pelo jovem nobre Alfredo. La Traviata é a mais pessoal e intimista das óperas de Verdi, e traz uma das árias mais famosas de toda a história da ópera: "Libiamo ne'lieti calici", também conhecida como "Brindisi".

Ainda nos anos 1850, Giuseppe Verdi escreveu a famosa ópera “Un ballo in maschera”, com libreto de Antonio Somma, baseada no trabalho de Eugène Scribe e sua obra “Daniel Auber”. A trama foi inspirada na história do rei sueco Gustavo Terceiro, que foi assassinado por uma conspiração política. A ópera foi criada durante um período de instabilidade política na Itália e, devido à censura da época, Verdi precisou realizar alterações, deslocando a ação da Europa para os Estados Unidos, e mudando os nomes de alguns personagens principais, já que a história retrata uma conspiração bem-sucedida contra um monarca. Apesar dessas dificuldades, "Un Ballo in Maschera" estreou no Teatro Apollo, em Roma, em fevereiro de 1859, e agradou ao público por suas árias cativantes e pela riqueza emocional de suas interpretações. 

O Caderno de Música vai ao ar neste domingo, às 14h30, na MEC FM.

Tags:  Giuseppe Verdi

Criado em 11/10/2023 - 16:21

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