O mérito do resultado igual por grande parte da partida foi do goleiro suíço Benaglio, que fez pelo menos cinco defesas difíceis e até ajudou no ataque nos últimos minutos. Agora, a Argentina espera o vencedor do jogo Bélgica e Estados Unidos para saber qual o adversário nas quartas de final. Partida será em Brasília, no sábado (5), às 13h.
O cenário no início do jogo permaneceria durante toda a etapa inicial. A Argentina, com postura ofensiva, mas com dificuldades para se livrar da marcação forte da Suíça. Messi acionava o ataque pela esquerda, principalmente com Di Maria e Lavezzi. A seleção europeia cercava os talentos individuais do adversário, em grande parte do tempo, com o time inteiro atrás da linha do meio de campo. O goleiro suíço Benaglio começou a trabalhar quando teve que interceptar dois cruzamentos perigosos (aos 12 e aos 15 minutos).
Os europeus só se defendiam e não conseguiram ameaçar os argentinos até os 27 minutos de jogo. Foi quando Shaqiri fez boa jogada pela direita e tocou para Xhaka. O meia bateu forte para defesa com os pés do goleiro argentino Romero. Era a chance mais evidente de gol até aquele momento. O lance deu coragem para os europeus, que passaram a se arriscar mais em contra-ataques. Foi o que aconteceu novamente aos 38 minutos quando Shaqiri lançou o atacante Drmic, que saiu na cara do gol. Ele tentou encobrir o goleiro Romero, mas chutou fraco e perdeu mais uma oportunidade. Mesmo com mais posse de bola e toda na frente, a Argentina não tinha a objetividade para abrir o marcador. “A Suíça tem que ser olhada com muito respeito. O ferrolho está dando certo e a Argentina não pode descuidar”, comentou Orlando Duarte, das Rádios EBC.
Segundo tempo
Os dois times voltaram do intervalo com as mesmas estratégias da etapa inicial. A Suíça formava duas linhas de quatro jogadores marcando perto da área, e deixava Shaqiri e Drmic para tentar puxar contra-ataques.
Mas eram os sul-americanos que criavam as melhores chances. Benaglio, então, passou a ser decisivo para manter o empate. Ele mostrar serviço três vezes em seguida (entre 12 e 16 minutos), depois de cruzamentos perigosos e um chute de Rojo. A mais difícil foi depois de uma cabeceada de Higuaín. O goleiro suíço se esticou para espalmar para fora. A Argentina dominava o jogo, pressionava e, por pouco, não abriu o placar com chute de fora da área de Messi, aos 22 minutos.
O craque argentino, aos 30 minutos, de novo, fez boa jogada e chutou rasteiro. Benaglio fez mais uma impressionante defesa, espalmando para o lado. A zaga afastou para escanteio. Era a quinta defesa difícil do goleiro suíço. A equipe dele não mantinha a bola no campo de ataque, mas acabou segurando o 0 a 0. “O futebol argentino não encantou até agora e teve muita dificuldades para furar a boa defesa suíça”, comentou Orlando Duarte.
Prorrogação
O goleiro Benaglio fazia a diferença com pelo menos duas defesas difíceis no início do primeiro tempo. Depois de insistir tanto, a Argentina passou a ficar mais cautelosa, até porque a Suíça conseguiu, por vezes, segurar a bola no ataque.
No segundo tempo, Di Maria chutou muito forte de fora da área para mais uma defesa de Benaglio. Era tudo ou nada. O time inteiro cercava a área suíça. Quando não era o goleiro, a zaga desviava.
Só que aos 12 minutos da prorrogação depois de grande jogada de Messi, Di Maria deu a vitória para a Argentina. No final, no desespero, a Suíça quase empatou com Dzemaili, que chutou na trave. No último lance, Shaqiri teve uma chance com batida de falta, mas a chance parou na barreira. Argentina comemorou o final do jogo.
Comentaristas analisam vitória sofrida da Argentina contra Suíça
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