A Espanha, atual campeã do mundo e que dominou o futebol europeu nos últimos anos, foi surpreendente eliminada nesta quarta-feira (18) após perder para o Chile no Maracanã por 2 a 0. A seleção sul-americana foi melhor no jogo, aproveitou maior volume de jogo e segurou a pressão espanhola no segundo tempo. Na próxima rodada (na segunda, dia 23), enquanto a seleção europeia, que teve a segunda derrota (havia sido goleada na primeira rodada pela Holanda), só cumpre tabela contra a Austrália, em Curitiba, o Chile vai a São Paulo buscar a primeira classificação contra a Holanda.
Foi a quinta vez que uma seleção campeã foi eliminada na primeira fase da edição seguinte. Isso já havia ocorrido com a Itália, em 1950, com o Brasil, em 1966, com a França, em 2002 e com a Itália, novamente, em 2010.
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O jogo - Logo no primeiro minuto, o Chile criou duas boas chances. A primeira foi em uma jogada do atacante Vargas, em que a defesa conseguiu afastar. Em seguida, no escanteio, a bola sobrou para Jara que cabeceou com muito perigo. Os lances assustaram a Espanha, que, no início do jogo, errou passes e era desarmada com facilidade. Somente depois de oito minutos, a Espanha conseguiu chegar perto do gol chileno em uma cobrança de falta de Iniesta. Em seguida, a Espanha se encontrou na partida e criou boa chance com Alonso aos 14 minutos.
Quando a Espanha tinha os nervos mais em ordem, tomou um duro golpe. Alonso perdeu a bola no meio, Sanchez tocou para Aranguiz, que encontrou Vargas dentro da área. O atacante driblou Casillas e fez um belo gol. A torcida chilena, que era maioria no Maracanã, fez a festa.
O placar enervou a Espanha, que tinha dificuldades no meio de campo e errava seguidos passes, contrariando o conceito da seleção que ficou famosa pela precisão dos toques.
O jogo ganhou características que não atendiam às necessidades da atual campeã do mundo. Partida ficou truncada no meio de campo e sucessivas faltas aconteceram dos dois lados. Em uma delas, Iniesta derrubou Alexis Sánchez. Ele mesmo bateu e a bola bateu na trave. No rebote, Aránguiz chutou bem para fazer o segundo e deixar a Espanha em desespero
“Eles estão ainda atordoados com o 5 a 1. Não dá para dizer que o jogo está decidido, mas tudo caminha para que o Chile consiga um bom resultado”, comentou Orlando Duarte para as rádios EBC. “Seria o maior mico da Copa uma eliminação precoce da Espanha”, completou Jorge Ramos.
No segundo tempo, a Espanha voltou bem melhor e pressionou desde os primeiros momentos. O melhor momento perdido foi com Busquets aos 7 minutos depois de “cruzamento” de bicicleta de Diego Costa. O Chile, todo fechado na defesa, apostava em contra-ataques e quase conseguiu aumentar o marcador com Alexis Sánchez, aos 14.
Nada dava certo para a Espanha que, embora tivesse maior posse de bola, não conseguia se livrar da marcação chilena. A partir da metade do segundo tempo, o Chile passou a tocar mais a bola. A torcida provocava “olé” e “E-li-mi-na-do”. “O Chile teve posicionamento melhor e Espanha teve muitas dificuldades durante todo o jogo”, comentou Jorge Ramos, das rádios EBC. No final do jogo, a Espanha ainda tentou descontar, mas parou na marcação chilena, que ainda assustou em pelo menos mais dois contra-ataques.
Ficha do jogo
ESPANHA
1-Casillas; 22-Azpilicueta, 4-Martínez, 15-Ramos e 18-Alba; 16-Busquets, 14-Alonso (Koke) e 6-Iniesta; 21-David Silva, 19-Diego Costa (Fernando Torres) e 11-Pedro. Técnico: Vicente Del Bosque.
CHILE
1-Bravo; 17-Medel, 5-Francisco Silva, 18-Jara; 4-Isla, 20-Aránguiz (Gutiérrez), 21-Díaz e 2-Mena; 8-Vidal; 11-Vargas (Valdivia) e 7-Sánchez. Técnico: Jorge Sampaoli.
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