A Ordem dos Advogados do Brasil ainda não informou sobre a entrada de um pedido para soltura dos ativistas presos no sábado (12). Na manhã deste domingo (13), eles ainda aguardavam transferência da Cidade da Polícia, no Jacarezinho, no Subúrbio do Rio, para o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste.
Organizações não governamentais e a OAB protestam contra a prisão, pela Polícia Civil do Rio, de 17 pessoas e a apreensão de dois menores de idade, acusados de envolvimento em atos violentos durante manifestações na cidade. A ação foi realizada neste sábado, como parte das investigações iniciadas em setembro, pela Delegacia de Repressão a Crimes contra a Informática. Foram feitas prisões no Rio e Búzios, além de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul. Ao todo deveriam ser cumpridos 26 mandados de prisão temporária.O grupo responde pelo crime de formação de quadrilha armada.
Em nota assinada pelo presidente Felipe Santa Cruz, a OAB Rio demonstrou preocupação com as detenções de ativistas e repudiou a violação às prerrogativas profissionais dos advogados que estão atuando em favor dessas pessoas presas. Para o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Ordem, Marcelo Chalréo, a ação da Polícia tem caráter intimidatório.
Também a Ong Justiça Global se pronunciou sobre as prisões, consideradas arbitrárias, com propósito de neutralizar, reprimir e amedrontar os manifestantes, na véspera da final da Copa do Mundo, no estádio do Maracanã. Já a Anistia Internacional chamou o episódio de preocupante, por repetir um padrão de intimidação que já havia sido identificado pela organização antes do início do mundial.
Ouça mais informações com Tâmara Freire.